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Nem Um Pouco Preparada

  • Foto do escritor: Giovana Cogo
    Giovana Cogo
  • 8 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

Eu sou uma menina, que está terminando o colegial. Nos filmes não era assim, tinham festas e nenhuma menção de vestibulares. As garotas daqueles filmes passavam por um impasse amoroso e no final tudo ficava certo, elas usavam rosa às quartas e iam a bailes de formatura, e beijavam seu amor verdadeiro.

Eu não fui preparada pra isso que estou vivendo na realidade.

Estou tentando falar que as meninas olhavam pras representações delas na sociedade e, uau(!), a Barbie. Ou qualquer outra garota magra e bonita, rica e com um namorado. Ela se arrumava para esse namorado, e sofria um relacionamento relativamente abusivo ao lado dele. Mas estava tudo bem, ele era o amor da sua vida.

E eu torno a dizer que não fui preparada pra o que estou vivendo na realidade.

Porque eu não vim com o "pano pra passar pra macho", eu não ligo pra formatura, só pra poder terminar e começar uma faculdade.

Em que filme eu vi isso quando era criança? Esse é o mundo que está em cima de mim, e eu gostaria de fazer alusão a uma guilhotina, pronta para decepar minha cabeça se eu não me esforçar pra passar no ENEM em 2019, menciono também que eu não tenho dinheiro para bancar uma faculdade, isso torna a pressão bem maior.

Eu já mencionei que não fui preparada? Não fui, nem estou. Muitíssimo menos estou, corrigindo. (Filosófica com essa antítese.)

Se tornar adulta tem sido meu maior medo da vida, se eu encontrasse um bicho papão (aquele do Harry Potter), ele iria se transformar em mim, só que com trinta anos e pagando boleto com olheira no rosto. Chega a me dar um negócio ruim imaginar isso.

Realmente não estou preparada pra isso. Fim do colégio, ENEM, faculdade, sair da casa da minha mãe... Outro ponto delicado, como que mora sozinho? Como que sai debaixo da asa da mãe? Como que se estuda e se tem um emprego sem virar um zombie? Além de todo esse drama psicológico que eu sofro (tudo é mais assustador dentro da mente humana desenfreada), existe a linda e bela sociedade que adora falar que minha roupa não é adequada, que eu fujo das minhas responsabilidades e não quero nada com nada (Olha, rimei :3 ). Se não bastasse isso, moro em uma cidade pequena, onde a vizinha sabe mais da minha vida que eu própria. Sem contar, também, que consigo me perder nessa cidade ridiculamente pequena.

Como que fica preparada pra isso? Esse negócio de ser adulta é furada. Essa vida autônoma não é pra mim. Onde que volta pra quando eu tinha que segurar a mão da mamãe pra passar a rua?

Socorro! Rindo de nervoso.

 
 
 

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